Seguro de moto: como funciona e como contratar?
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O mercado de motocicletas no Brasil não para de crescer. Tanto o segmento de motos urbanas, para prestação de serviços ou para facilitar a locomoção, quanto o de lazer prosperam a ritmo acelerado. Consequentemente, aumenta o número de sinistros envolvendo esses veículos e se torna cada vez mais necessária a contratação de um seguro para motos.
Afinal, andar de moto sem uma proteção não parece boa ideia, pois as estatísticas mostram um cenário desfavorável: 75% das solicitações de indenização do DPVAT são de vítimas decorrentes de acidentes com motos.
Além disso, os índices de roubos e furtos de motocicletas são altos e também crescem junto ao número de veículos em circulação, tanto para abastecerem o mercado de peças ilegais, quanto para serem utilizadas na prática de outros crimes.
Como funciona o seguro de moto?
Para quem já está familiarizado com os seguros de carros fica mais fácil, pois o seguro de moto é muito parecido. Por meio de um pagamento anual, que pode ser feito em parcelas, seu veículo é segurado contra determinados imprevistos, como furtos e roubos, garantindo ao proprietário indenização referente ao valor total do bem.
A depender da cobertura do seguro contratado, acidentes também são reparados, podendo cobrir os gastos com o conserto da moto, com indenizações pessoais e até relacionados com danos a terceiros.
Quanto custa um seguro de moto?
Os seguros para motocicletas, assim como para carros, têm seu custo estimado pela análise de risco. Em alguns casos extremos, as anuidades podem passar de 30% do valor do veículo.
Esse valor se baseia no risco de sinistralidade tanto da moto a ser segurada como do perfil do proprietário e seus hábitos e condições de uso. Mas é um preço justificável, pois veículos segurados possuem uma taxa de recuperação bem maior, além de oferecerem tranquilidade para os motociclistas no caso de alguma eventualidade.
Como é feita a análise de risco?
A análise de risco é feita com base em dados estatísticos relacionados às probabilidades de sinistralidade e interfere diretamente no valor a ser pago na anuidade do seguro. Assim, serão verificados os locais onde a moto passará maior tempo, qual o risco de roubos e furtos nas áreas, os horários de uso do veículo, se ele será guardado em garagens e estacionamentos, etc.
Além disso, é levado em consideração o modelo da motocicleta para saber o quanto ela é visada e o perfil do proprietário, sua idade, tempo de habilitação, se é homem ou mulher, tipo de trabalho, entre outros dados.
Quais as coberturas oferecidas pelo seguro?
As coberturas mais frequentemente contratadas são a contra roubos e furtos e a compreensiva. A primeira basicamente assegura o retorno do valor de mercado do veículo em caso de sinistro e, geralmente, inclui assistência emergencial e guincho 24 horas.
Já a segunda, mais completa, abrange também indenização contra acidentes de trânsito e, dependendo do pacote, outros adicionais como indenização a terceiros, seguros de acidentes pessoais e até seguro de vida.
Como posso contratar meu seguro?
A melhor maneira de contratar um seguro para sua moto é entrando em contato com uma corretora, que vai ajudar na escolha do melhor seguro para seu caso específico.
Além disso, as corretoras possuem as informações necessárias para orientar seus clientes quanto aos adicionais e outras coberturas, como seguros de vida e de acidentes pessoais, bastante úteis para motociclistas por conta dos riscos na pilotagem.
E no caso de danos a terceiros?
É possível contratar um serviço de seguro de moto que cubra, inclusive, os danos causados pelo segurado a terceiros envolvidos. Em casos de despesas com funilaria e pintura geradas num acidente, a seguradora se compromete a pagar um valor referente ao pacote de seguro contratado. O mesmo se aplica em casos de danos morais ou físicos que possam gerar despesas médicas ou indenização judicial.
O valor coberto da empresa pode ser usado quantas vezes forem necessárias até que seja esgotado. Portanto, o valor contratado é como uma reserva de dinheiro a ser usada em casos de acidentes. Porém, quanto mais frequentes são os acidentes e sinistros registrados no seu perfil, pior será a sua avaliação perante a seguradora, o que pode encarecer a contratação de serviços ou até mesmo dificultar a renovação de contratos.
Vale a pena pagar pela franquia do seguro?
Em casos de acidentes envolvendo danos às peças da moto, o contrato com franquia pode evitar muita dor de cabeça. O contrato da franquia consiste em um pagamento padrão para o conserto de qualquer dano causado à moto, a menos que seja considerada a perda total (isto é, quando o orçamento do conserto passa de 75% do valor do veículo).
Quando o segurado contrata o serviço estipulando um valor mínimo de franquia, a seguradora se compromete a pagar o excedente pelo conserto em eventuais acidentes. Por exemplo, se o valor estipulado é de mil reais, qualquer reparo feito em oficina autorizada pela seguradora custará no máximo mil reais para o segurado, sendo todo o valor excedente coberto pela seguradora.
Como o modelo da moto influencia o seguro?
O mercado de seguro para motos está muito mais receptivo do que antes, o que representa um amadurecimento do mercado.
As motos customizadas, geralmente usadas para lazer, como estradeiras da Harley-Davidson, têm um valor anual relativamente baixo. Isso porque o perfil de usuários desse tipo de moto é, normalmente, formado por pessoas mais velhas, geralmente acima de 35 anos, o que significa um piloto com maior responsabilidade.
Motos mais baratas e mais visadas costumam ter um valor de seguro proporcionalmente mais caro.
Como o meu perfil influencia o seguro da moto?
O perfil do segurado leva em consideração todo o contexto em que ele vive, desde a segurança na região em que mora, o trajeto até o trabalho e até o estacionamento em que a moto fica durante o dia. Condições de uso também são consideradas, como quantos quilômetros são rodados semanalmente com a moto, qual é a frequência com que a manutenção é feita na moto etc.
É claro que a conduta do motorista também será analisada e se houverem multas registradas na CNH, o valor tende a ser mais alto. Essas e outras informações geralmente são conferidas pela seguradora, o que significa que é melhor ser honesto sobre as suas informações pessoais do que ser pego na mentira e perder a oportunidade de ter um seguro.
Como vimos, o aumento do número de motocicletas nas ruas também amplia os índices de sinistros, e o risco de acidentes nas cidades é grande por conta do trânsito. Assim, contratar um seguro de moto se torna indispensável.
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